Por Luana Souza • Publicado em 16/06/2025 • 2 min de leitura
O filme 'A Vida de Chuck', dirigido por Mike Flanagan e estrelado por Tom Hiddleston, estreou nos cinemas dos Estados Unidos com uma recepção bastante discreta, arrecadando somente US$ 2,4 milhões em seu primeiro fim de semana de lançamento nacional. Essa performance coloca o filme atrás de outros títulos que já estavam em cartaz há semanas, como 'Premonição 6: Laços de Sangue'. Apesar de ser um longa elogiado, a estreia morna é atribuída a uma estratégia de lançamento peculiar adotada pela distribuidora NEON.
'A Vida de Chuck' chegou aos cinemas após vencer o prêmio de público no Festival de Toronto do ano passado, o que aumentou as expectativas de sua performance tanto nas bilheterias quanto nas premiações. No entanto, a NEON optou por adiar a estreia para o meio do ano, uma decisão que, segundo especialistas, não favorece a temporada de premiações. Além disso, a falta de uma campanha de marketing robusta também foi um ponto crítico, limitando o alcance e a visibilidade do filme.
A estratégia da NEON não apenas comprometeu o potencial de bilheteria de 'A Vida de Chuck', mas também pode ter prejudicado suas chances nas premiações. Lançamentos no meio do ano tendem a ser esquecidos quando a temporada de premiações se aproxima, o que é um risco para um filme que já tinha uma boa recepção crítica e potencial para se destacar.
Com a estreia prevista no Brasil para 28 de agosto, ainda há esperança de que 'A Vida de Chuck' encontre seu público, especialmente considerando o apelo do elenco e a direção de Mike Flanagan, conhecido por seu trabalho em adaptações de terror e suspense. O desafio será reverter a percepção inicial e atrair o público internacional.
Com performances já consolidadas de Hiddleston e uma narrativa baseada em obra de Stephen King, o filme ainda pode surpreender. A questão agora é se a distribuidora ajustará sua estratégia para maximizar o potencial de um projeto que, até então, não teve o lançamento que merecia.
'A Vida de Chuck' é um exemplo de como a escolha de timing e estratégia de marketing pode fazer ou quebrar o sucesso de um filme, mesmo quando este possui todos os ingredientes para ser um sucesso de crítica e público.
Cinéfila e série-maníaca, com foco em narrativas femininas, diversidade e representatividade. Analisa estreias com profundidade e destaca o impacto da cultura geek nas produções audiovisuais.