Por Pablo Moura • Publicado em 26/06/2025 • 2 min de leitura
A recente produção da Angel Studios, Quebrando Regras, surpreende ao adotar uma abordagem progressista, focando em inclusão e superação. Conhecida por seu trabalho no aclamado >Som da Liberdade, a Angel Studios opta por uma estratégia mais discreta ao promover este novo filme, talvez visando atrair um público mais amplo e diverso.
O longa, estrelado por >Phoebe Waller-Bridge em um papel notável, narra a inspiradora história de um time feminino de robótica que, vindo de uma cidade pobre no Afeganistão, conquista reconhecimento em competições globais. Dirigido por Bill Guttentag e co-escrito por Jason Brown e Elaha Mahboob, o filme se diferencia ao destacar uma perspectiva que não antagoniza a Igreja, mas sim amplia os horizontes do progresso humano.
O enredo coloca o Talibã como antagonista, ressaltando sua busca por poder e controle, enquanto as protagonistas buscam autonomia e crescimento. O filme evita discutir as complexas intervenções dos EUA no Afeganistão, mas dentro do contexto do cinema hollywoodiano, oferece uma visão genuína das dificuldades enfrentadas pelo povo afegão, desvinculadas de sua identidade cultural.
Quebrando Regras também se destaca por suas cenas de intercâmbio cultural, mostrando como as viagens das meninas criam experiências enriquecedoras ao redor do mundo. A direção de Guttentag intercala imagens reais das competições de robótica, proporcionando um mergulho autêntico na narrativa.
Embora o filme não seja inteiramente laico, ele desafia o cristianismo contemporâneo ao promover a ideia de que o conhecimento é libertador e que mulheres devem perseguir seus sonhos. Esta mensagem, embora simples, oferece uma interpretação inovadora e menos conservadora do cinema cristão.
Além de Phoebe Waller-Bridge, o elenco conta com Nikohl Boosheri e Ali Fazal, reforçando o apelo global da produção. O roteiro, fruto da colaboração entre Guttentag, Brown e Mahboob, traz uma autenticidade rara em produções do gênero.
Quebrando Regras se posiciona como uma narrativa de inclusão e desafio às normas tradicionais, oferecendo um vislumbre de como o cinema cristão pode se reinventar para ser mais subversivo e abrangente.
Nota do Crítico
Redator Chefe do GeekNews, entusiasta de tecnologia, games e pintura de miniaturas. Escreve com olhar analítico sobre cultura pop, buscando sempre conectar tendências e inovações com o universo geek.