‘Sorry, Baby’: A Estreia de Eva Victor Revoluciona a Narrativa de Trauma no Cinema
Por Pablo Moura • Publicado em 23/05/2025 • 2 min de leitura
Uma Nova Perspectiva sobre o Trauma em 'Sorry, Baby'
A estreia de Eva Victor na direção com 'Sorry, Baby' marca uma ruptura significativa com as abordagens convencionais do trauma na indústria cinematográfica. O filme apresenta Agnes, interpretada pela própria Victor, como uma mulher cuja experiência traumática durante o último ano da universidade é apenas um aspecto de sua complexa jornada de vida.
Contrariamente à tendência de retratar personagens de forma unidimensional focada em suas adversidades, 'Sorry, Baby' explora a vida de Agnes em múltiplas dimensões. A narrativa é estruturada em quatro capítulos, cada um correspondendo a um ano diferente e apresentados de forma não cronológica, o que desafia as expectativas do espectador e subverte a típica narrativa linear.
O Papel do Humor e a Representação Autêntica
O uso do humor por Victor não apenas alivia a tensão, mas também serve como uma forma de resistência para Agnes. A capacidade de Agnes de rir e contagiar os outros com sua leveza é uma afirmação de sua identidade, que vai além do trauma. Este elemento cômico é essencial para a abordagem sincera e refrescante do filme ao tema delicado, permitindo que a protagonista mantenha sua humanidade e complexidade.
Os momentos de seriedade no filme são tratados com a mesma delicadeza, evitando a exploração do trauma para mero drama superficial. Em vez disso, eles revelam os medos e inseguranças reais de Agnes, mostrando como ela vive com as marcas de sua experiência, sem permitir que estas definam sua existência completa.
Equilíbrio na Direção e Recepção Crítica
A habilidade de Victor para equilibrar esses elementos diversos é crucial para o sucesso de 'Sorry, Baby'. O filme consegue ser tanto uma obra de arte significativa quanto uma peça de entretenimento envolvente, oferecendo uma nova maneira de pensar sobre e discutir o trauma. Com performances notáveis de Naomi Ackie e Lucas Hedges, além da própria Victor, o filme é um testemunho do potencial de narrativas que respeitam a profundidade e a resiliência humana.
'Sorry, Baby' não apenas desafia as convenções, mas também abre caminho para futuras obras que desejam explorar temas difíceis com nuance e empatia, sem sacrificar a riqueza da experiência humana.

Nota do Crítico
Sorry, Baby
SORRY, BABY
- Direção: Eva Victor
- Elenco: Naomi Ackie, Louis Cancelmi, Eva Victor, Lucas Hedges
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Redator Chefe do GeekNews, entusiasta de tecnologia, games e pintura de miniaturas. Escreve com olhar analítico sobre cultura pop, buscando sempre conectar tendências e inovações com o universo geek.