Por Pablo Moura • Publicado em 24/06/2025 • 3 min de leitura
O aguardado lançamento de Cyberpunk 2077 para o Nintendo Switch 2 oferece uma nova perspectiva para os jogadores que apreciam a portabilidade. Conhecido por ser um dos jogos mais exigentes em termos de hardware nos últimos anos, sua adaptação para o novo console portátil da Nintendo é um feito técnico notável, mas não sem seus desafios.
Nesta versão, os jogadores têm a opção de escolher entre o modo de desempenho e o modo de qualidade, tanto no modo ancorado quanto no portátil. No modo ancorado, a resolução varia entre 540p e 1080p, enquanto no modo portátil, oscila entre 360p e 810p. A tecnologia DLSS ajuda a suavizar as bordas, tornando o jogo visualmente atraente, apesar das limitações óbvias na resolução.
A jogabilidade em modo de qualidade visa 30 quadros por segundo, enquanto o modo de desempenho busca 40, embora o último necessite de TVs ou monitores de 120Hz para aproveitar totalmente a taxa de quadros. A falta de suporte ao refresh rate variável no modo ancorado pode resultar em oscilações perceptíveis de quadros, mas a tela VRR embutida do Switch 2 ajuda a suavizar essa experiência em modo portátil.
Cyberpunk 2077 no Switch 2 não é apenas uma simples portabilidade. A CD Projekt Red introduziu novas formas de interação no jogo, como os controles de mouse, que permitem usar um Joy-Con como mouse para mirar com precisão. Embora seja um pouco estranho fora dos combates, com ajustes de sensibilidade, a mecânica se mostra funcional e empolgante.
Além disso, controles de toque foram adicionados para navegação nos menus, uma funcionalidade que pode ser especialmente útil para novos jogadores. Os controles de giro oferecem ajustes sutis durante a mira, proporcionando uma experiência de jogo mais acessível.
Naturalmente, para que Cyberpunk 2077 rodasse no Switch 2, alguns compromissos visuais foram necessários. As distâncias de renderização foram reduzidas, texturas simplificadas e a iluminação menos detalhada. Apesar disso, a versão supera consoles da geração anterior e oferece uma experiência mais fluida do que em plataformas como o Xbox One.
A adição do cross-progression é um dos maiores destaques, permitindo que jogadores transferirem seus saves entre PC e console de maneira fluida. Esta funcionalidade já era presente em outros títulos da CD Projekt Red, mas vê-la desde o lançamento em Cyberpunk 2077 é um grande atrativo.
Para quem ainda não explorou Night City, o Switch 2 oferece uma ótima porta de entrada. O jogo base é excelente e a expansão Phantom Liberty é uma adição fenomenal. Contudo, aqueles que já experimentaram o jogo em outras plataformas podem não achar necessário revisitar a experiência, a menos que a portabilidade seja um fator decisivo.
Em suma, Cyberpunk 2077 para o Switch 2 é uma demonstração impressionante do que o console pode oferecer, mesmo que com algumas limitações. A CD Projekt Red mostrou mais uma vez seu talento em adaptar experiências de jogo para diferentes plataformas, garantindo que cada jogador possa vivenciar Night City à sua maneira.
Redator Chefe do GeekNews, entusiasta de tecnologia, games e pintura de miniaturas. Escreve com olhar analítico sobre cultura pop, buscando sempre conectar tendências e inovações com o universo geek.