As mortes mais impactantes de Attack on Titan: por que elas ainda nos assombram?
Por Pablo Moura • Publicado em 20/04/2025 • 6 min de leitura

Desde seu início brutal, Attack on Titan (ou Shingeki no Kyojin) deixou claro que não seria uma história com finais felizes ou personagens intocáveis. Com um mundo implacável e uma guerra que consome tudo ao redor, a série chocou e emocionou fãs ao redor do mundo com mortes que não são apenas marcantes — são transformadoras.
O que diferencia essas perdas de tantos outros animes de ação é a forma como elas são tratadas com peso narrativo e emocional real. Cada personagem que morre deixa um vazio. E cada morte afeta profundamente quem continua vivo.
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Neste artigo, vamos analisar por que essas mortes são tão memoráveis, quais personagens deixaram cicatrizes na história e no público, e como Attack on Titan redefiniu o uso da morte como ferramenta de impacto — sem sensacionalismo, mas com profundidade.
A importância da morte em Attack on Titan
Ao contrário de outras obras onde a morte pode ser revertida ou descartável, AOT trabalha com a irreversibilidade como conceito central. A morte não é apenas um destino; ela é um agente transformador.
Desde a primeira temporada, a série nos apresenta a um mundo onde ser devorado é parte da realidade, e onde até personagens centrais podem cair a qualquer momento. Isso cria um ambiente de constante tensão e imprevisibilidade, que mantém o público emocionalmente engajado — e vulnerável.
Mas mais do que choque, a morte em AOT é usada como:
- Desencadeadora de amadurecimento (como acontece com Eren após a perda de sua mãe)
- Gatilho para viradas narrativas (como no arco da Tropa de Exploração)
- Elemento simbólico (representando falência de sistemas, de ideologias, ou de inocência)
Esses elementos fazem com que a morte em Shingeki seja mais do que uma despedida — ela é parte da identidade da série.
Petra Ral – a quebra da esperança
Petra Ral não era a protagonista. Ela nem teve tanto tempo de tela. Mas mesmo assim, sua morte é uma das que mais marcaram os fãs — e não é difícil entender o porquê.
Petra era parte da Tropa de Operações Especiais liderada por Levi, um dos grupos mais talentosos da Tropa de Exploração. Carismática, leal, corajosa e extremamente habilidosa, ela rapidamente conquistou o público e se destacou como uma das figuras mais humanas dentro da elite militar. Petra ria, apoiava seus companheiros, escrevia cartas para o pai — e acreditava na missão.
Sua morte ocorre de forma brutal e repentina durante uma das missões mais importantes da série. É o tipo de cena que quebra a ilusão de controle, tanto para os personagens quanto para o espectador. Ela morre diante de Levi — seu comandante e, possivelmente, alguém por quem tinha admiração mais profunda. Levi, que sempre pareceu frio e inatingível, carrega esse momento no olhar por toda a série.
A morte de Petra é um divisor de águas. Ela simboliza o fim da fase de “aventura heroica” e o início do que Attack on Titan realmente é: uma guerra sem garantias, onde o heroísmo raramente é recompensado com sobrevivência.
Sasha Blouse – a perda da alegria
Sasha era mais do que a “garota da batata”. Ela era o sorriso da série. A leveza que equilibrava a dureza dos combates. Em um mundo sombrio, onde tudo era peso e tragédia, Sasha trazia um senso de humanidade que lembrava os personagens — e o público — do que ainda valia a pena proteger.
Sua morte, já nos estágios finais da história, foi um dos momentos mais inesperados e devastadores da série. Justamente quando o time começava a vislumbrar a possibilidade de vencer, de mudar o mundo, Sasha é assassinada de maneira fria e repentina.
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O impacto da morte de Sasha não está apenas no evento em si, mas no que ela representa: a perda da esperança leve. O mundo de Attack on Titan já era trágico. A morte de Sasha é o momento em que até o pouco de normalidade e humor que restava se esvai.
A comoção dos fãs foi imediata. Muitos declararam que essa foi a morte mais dolorosa da série — não por ser inesperada, mas por ser profundamente simbólica: se até Sasha pode morrer, talvez ninguém saia ileso dessa guerra.
Erwin Smith – o sacrifício consciente
Poucos personagens de Attack on Titan carregam tanto peso moral quanto Erwin. Líder da Tropa de Exploração, ele representava a razão estratégica, o pragmatismo absoluto e, ainda assim, um idealismo contido que guiava a humanidade rumo ao desconhecido.
Erwin sabia que sua missão não era sobreviver — era conduzir os outros até onde ele mesmo jamais chegaria. Sua morte é planejada. Ele lidera uma investida suicida para criar uma chance de vitória. É o exemplo máximo de liderança que entrega a própria vida para abrir caminho ao futuro.
O que torna a morte de Erwin tão potente é que ela não é apenas uma perda emocional. Ela é uma decisão moral complexa. No fim, Armin é escolhido para viver no lugar de Erwin — uma escolha que divide personagens e fãs, e que ressoa até o final da série.
Erwin morreu sem saber a verdade do mundo. Mas ele morreu acreditando que essa verdade valia o sacrifício de sua própria existência.
Leitura recomendada: aprofundando a dor e a memória
As perdas em Attack on Titan marcaram profundamente a narrativa e os fãs — e se você quer se aprofundar nas mortes que mais abalaram o público, há uma leitura obrigatória.
O site Dialeto Geek preparou uma análise completa e sensível sobre as despedidas mais dolorosas da série, incluindo detalhes, impacto emocional e repercussão dos fãs. Vale cada parágrafo:
👉 Attack on Titan: as mortes que abalaram os fãs – Dialeto Geek
Conclusão: morte, legado e o que ainda resta
Attack on Titan não é uma série sobre titãs. É uma série sobre pessoas que vivem e morrem tentando mudar o mundo. É sobre perda, sacrifício e as marcas que os ausentes deixam em quem continua.
As mortes que presenciamos não são apenas momentos de choque. Elas moldam o enredo, desenvolvem personagens, constroem temas e nos lembram de que, às vezes, não existe vitória sem perda real.
O que torna cada uma dessas mortes tão impactante é o fato de que nos sentimos parte daquela luta. Choramos, gritamos, ficamos em silêncio — não porque os personagens se foram, mas porque sabemos o que eles representavam.
E mesmo depois que a série acaba, essas perdas continuam com a gente. Em frases, em trilhas sonoras, em lembranças.
Porque o verdadeiro fim… é quando esquecemos. E com Attack on Titan, esquecê-los será impossível.
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E você?
Qual morte mais te marcou em Shingeki no Kyojin?
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Redator Chefe do GeekNews, entusiasta de tecnologia, games e pintura de miniaturas. Escreve com olhar analítico sobre cultura pop, buscando sempre conectar tendências e inovações com o universo geek.
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