Por Pablo Moura • Publicado em 17/06/2025 • 3 min de leitura
Desde os tempos de infância, muitos de nós crescemos com histórias de crianças destinadas a enfrentar monstros digitais que nos cativaram mais do que qualquer outra franquia. Digimon, com suas narrativas ricas e personagens cativantes, sempre teve um lugar especial em nossos corações. No entanto, quando se trata de videogames, Pokémon sempre pareceu levar a melhor.
Com o lançamento próximo de >Digimon Story: Time Stranger, as expectativas estão altas para que a série finalmente ofereça um jogo que rivalize com títulos como Pokémon Platinum ou Pokémon Legends: Arceus. Time Stranger coloca os jogadores na pele de um agente secreto em Tóquio que, após testemunhar um desastre, é transportado oito anos para o passado. Com o conhecimento do futuro, o jogador deve desvendar um mistério que envolve a destruição iminente e se aventurar no Mundo Digital, onde Digimon vivem e podem ser treinados como aliados.
O ponto de maior preocupação em Time Stranger parece ser seu sistema de combate. Utilizando um esquema de pedra, papel e tesoura, o jogo emprega a tradicional tríade de tipos: Data, Vacina e Vírus. Essa mecânica, que deveria adicionar estratégia ao jogo, pode acabar se tornando repetitiva e monótona.
Durante o Summer Game Fest, tive a chance de experimentar um pouco do combate, enfrentando Digimons menores e iniciando uma luta contra o chefe Parrotmon. A dedução do tipo de Parrotmon e a escolha dos Digimons mais eficazes foram emocionantes inicialmente, mas a batalha rapidamente se transformou em um exercício de repetição. Com barras de saúde excessivamente grandes, os encontros com chefes podem se estender além do necessário, reduzindo a experiência a um simples teste de paciência.
O problema de batalhas prolongadas não é novo nos jogos Digimon. Em 2022, Digimon Survive sofreu críticas semelhantes, com encontros que se tornavam mais longos à medida que o jogo avançava. Uma solução poderia ser a introdução de batalhas contra chefes híbridos, que mudam de tipo durante a luta, forçando os jogadores a adaptarem suas estratégias em tempo real.
Apesar das preocupações com o combate, Time Stranger promete uma história intrigante. O hub do Mundo Digital é fascinante, com Digimons usando seus poderes para tarefas cotidianas, como Zudomon e seu martelo gerador de raios. Essa exploração da cultura do Mundo Digital é um ponto forte que pode enriquecer a experiência narrativa.
Com o lançamento agendado para 3 de outubro, a esperança é que Digimon Story: Time Stranger entregue não apenas uma história envolvente, mas também uma jogabilidade inovadora e estratégica. Se o combate puder ser refinado e diversificado, este pode ser o jogo que finalmente coloca Digimon no mesmo patamar dos melhores títulos de Pokémon.
O que o futuro reserva para os jogos de Digimon? Será que Time Stranger será capaz de superar os desafios do passado e oferecer uma experiência completa e envolvente? Restam poucos meses para que os fãs descubram, mas uma coisa é certa: a franquia ainda tem potencial não explorado que merece ser desenvolvido.
Redator Chefe do GeekNews, entusiasta de tecnologia, games e pintura de miniaturas. Escreve com olhar analítico sobre cultura pop, buscando sempre conectar tendências e inovações com o universo geek.