Por Luana Souza • Publicado em 19/05/2025 • 2 min de leitura
Espionagem é mais do que simples disfarces; é sobre apagar identidades e histórias, uma temática profundamente explorada em 'O Agente Secreto'. Dirigido pelo aclamado Kleber Mendonça Filho, o filme utiliza o gênero de espionagem para discutir a erasure política e social durante o regime militar brasileiro nos anos 1970, criando um paralelo com obras anteriores do diretor, como 'Ainda Estou Aqui' e 'Retratos Fantasmas'.
No coração da trama está Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um homem em fuga cujos motivos são um mistério que se desenrola em meio a um Brasil conturbado por poderes corruptos. A recriação da época, feita de forma meticulosa, serve de palco para uma narrativa onde Marcelo, enquanto tenta se esconder, também busca entender as verdades ocultas de sua família, navegando por locais icônicos do Recife que são carregados de memória e significado.
'O Agente Secreto' não é apenas uma obra de entretenimento, mas um comentário sobre o impacto duradouro da ditadura no Brasil. Com um elenco de apoio que inclui Maria Fernanda Cândido e Gabriel Leone, o filme mistura romance, humor e suspense, enquanto explora temas de perda e resistência. Wagner Moura entrega uma atuação repleta de nuances, destacando-se não apenas como protagonista, mas como um símbolo da luta contra o esquecimento.
O filme conclui com uma nota de melancolia, refletindo não apenas sobre a história pessoal de Marcelo, mas também sobre as cicatrizes culturais e históricas que moldam o Brasil até hoje.
Nota do Crítico
Cinéfila e série-maníaca, com foco em narrativas femininas, diversidade e representatividade. Analisa estreias com profundidade e destaca o impacto da cultura geek nas produções audiovisuais.
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