Por Ana Luiza • Publicado em 09/06/2025 • 2 min de leitura
Ao assumir o comando de 'Sly Lives!' (também conhecido como 'The Burden of Black Genius'), o diretor Questlove inicia sua jornada cinematográfica com uma pergunta provocante dirigida a ícones da música negra como Chaka Khan, George Clinton, D’Angelo, e André 3000. A questão central gira em torno da pressão adicional que artistas negros enfrentam ao alcançar sucesso e poder — o que Questlove chama de 'Fardo do Gênio Negro'. Curiosamente, os entrevistados inicialmente hesitam em responder, o que desafia o documentário a seguir novos caminhos.
Durante quase duas horas, Questlove demonstra sua habilidade narrativa, seguindo a história onde ela precisa ir. Em seu segundo documentário, após o aclamado 'Summer of Soul', vencedor do Oscar, Questlove se destaca ao focar na trajetória de Sly Stone, o lendário líder da Sly and the Family Stone. A banda, famosa por sua fusão inovadora de sons e diversidade de gênero, marcou a música dos anos 60 e 70 com sucessos transformadores.
Embora 'The Burden of Black Genius' seja o subtítulo que sugere tragédia, 'Sly Lives!' revela-se uma celebração da sobrevivência e resistência de Stone. Ao contrário de muitos artistas que sucumbiram às pressões do estrelato, Sly Stone sobreviveu, mantendo-se longe dos holofotes. Aos 81 anos durante as filmagens, ele permaneceu recluso, estratégia que, segundo seus filhos, foi crucial para sua recuperação.
Infelizmente, Stone faleceu aos 82 anos, alguns meses após o lançamento do documentário, mas sua história continua viva. Questlove conseguiu capturar não apenas a luta, mas também a resiliência de um ícone cuja história ainda não terminou.
Nota do Crítico
Apaixonada por animes e mangás desde a infância, cobre lançamentos, bastidores e curiosidades do Japão pop. É especialista em Crunchyroll, estreias sazonais e fandoms de cultura otaku.
