Por Pablo Moura • Publicado em 25/06/2025 • 3 min de leitura
Em um movimento que destaca as complexidades do uso de inteligência artificial no entretenimento, a Disney iniciou um processo judicial contra a Midjourney, acusando a empresa de uso indevido de materiais protegidos por direitos autorais. Este processo, que também conta com a participação da Comcast, marca uma primeira grande ofensiva de estúdios de renome contra a utilização não autorizada de suas propriedades intelectuais por IA.
Apesar do litígio, a Disney está considerando uma aliança estratégica com a OpenAI. Em um relatório da Bloomberg, é revelado que, embora a Disney não esteja interessada em licenciar sua biblioteca completa, ela segue os passos de empresas como YouTube e Vox Media na busca de um acordo com a OpenAI. Tal parceria poderia indicar uma tentativa de coexistência com a tecnologia, aproveitando seus benefícios enquanto protege suas propriedades.
A Disney teria convidado outros grandes estúdios e plataformas de streaming a se juntarem à ação judicial contra a Midjourney. No entanto, apenas a Comcast aceitou a proposta, com outros estúdios focando em prioridades diferentes. Este cenário sugere uma divisão na indústria em relação à forma de lidar com a IA, especialmente em um ambiente onde a tecnologia avança rapidamente.
A Disney não é totalmente avessa à IA. Recentemente, participou de um projeto que utilizou uma versão de Darth Vader gerada por IA no popular jogo Fortnite, recriando a icônica voz de James Earl Jones. Este exemplo mostra como a IA pode ser usada para manter vivo o legado de performances históricas, ampliando possibilidades criativas.
No entanto, a integração da IA no setor de jogos não tem sido isenta de controvérsias. A Frontier Development enfrentou críticas por sua aplicação de IA gerativa em 'Jurassic World Evolution 3', forçando a empresa a remover a tecnologia do jogo. Este incidente ressalta a delicada linha entre inovação e aceitação do público.
A discussão sobre IA não se limita a questões legais ou técnicas. Masahiro Sakurai, veterano da Nintendo, destacou que o desenvolvimento de jogos AAA está se tornando insustentável, enquanto a IA poderia otimizar processos e reduzir custos. A tecnologia, portanto, oferece uma promessa de eficiência, ao mesmo tempo em que levanta questões sobre a preservação da autoria e criatividade humana.
Conforme a Disney avança em sua batalha legal e explora novas fronteiras com a OpenAI, o futuro da IA no entretenimento continua a ser um campo de possibilidades e desafios. A combinação de inovação e proteção de direitos autorais será crucial para definir como a indústria navega por este território em constante evolução.
Redator Chefe do GeekNews, entusiasta de tecnologia, games e pintura de miniaturas. Escreve com olhar analítico sobre cultura pop, buscando sempre conectar tendências e inovações com o universo geek.
Games
2 min de leitura
FILMES
2 min de leitura
Games
3 min de leitura