Modo 'Spicy' do Grok Cria Deepfakes Indecentes de Celebridades Femininas, Mas Não de Homens
Por Luana Souza • Publicado em 06/08/2025 • 2 min de leitura

Nos últimos anos, a tecnologia de deepfake tem ganhado notoriedade por sua capacidade de criar vídeos e imagens ultrarrealistas de pessoas, muitas vezes sem seu consentimento. O Grok, uma plataforma emergente no cenário de inteligência artificial, adicionou recentemente um recurso chamado 'Spicy' em sua lista de funcionalidades. Esse modo permite a criação de deepfakes NSFW (Not Safe For Work) de celebridades femininas, como Taylor Swift e Melania Trump, mas curiosamente não faz o mesmo para celebridades masculinas, como Elon Musk.
O Que é o Modo 'Spicy' do Grok?
O modo 'Spicy' foi projetado para gerar conteúdo explícito usando imagens de figuras públicas, mas sua aplicação é desequilibrada. A ausência de deepfakes de homens nesse modo levanta questões sobre a motivação e a ética por trás da ferramenta. Por que apenas mulheres são alvos desse tipo de conteúdo? Especialistas em ética tecnológica e direitos digitais já começaram a questionar essa escolha, apontando para um viés de gênero inerente.
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Implicações Éticas e Tecnológicas
A criação de deepfakes indecentes não é apenas uma questão de tecnologia avançada, mas também de ética e respeito à privacidade. O fato de o Grok não criar deepfakes de homens pode refletir um padrão preocupante de objetificação de mulheres na mídia digital. Essa prática não apenas fere a dignidade das mulheres envolvidas, mas também perpetua estigmas e desigualdades de gênero.
A Reação do Público e das Celebridades
A reação pública a essas ferramentas tem sido de indignação crescente. Muitas celebridades femininas já enfrentam desafios significativos com a privacidade, e o uso da tecnologia de deepfake adiciona uma camada extra de complexidade a essa luta. Será que a tecnologia está sendo usada para empoderar ou para explorar? A resposta a essa pergunta pode determinar o futuro do uso de IA em conteúdo digital.
Conclusão
Enquanto o Grok e outras plataformas continuam a explorar os limites do que a IA pode fazer, é crucial que haja um diálogo aberto sobre as implicações sociais e éticas dessas tecnologias. Empresas e desenvolvedores precisam considerar o impacto de suas inovações não apenas no nível técnico, mas também no contexto humano, garantindo que a tecnologia sirva para melhorar a sociedade e não para perpetuar desigualdades.
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Cinéfila e série-maníaca, com foco em narrativas femininas, diversidade e representatividade. Analisa estreias com profundidade e destaca o impacto da cultura geek nas produções audiovisuais.