Mastercard Nega Envolvimento em Censura de Jogos NSFW, mas Valve Aponta o Contrário
Por Luana Souza • Publicado em 05/08/2025 • 2 min de leitura

A recente remoção de jogos NSFW de plataformas renomadas como Steam e itch.io tem gerado um grande debate na comunidade gamer. Ambos os sites afirmam que a decisão foi influenciada pela pressão de processadores de pagamento, gerando um impacto significativo na disponibilidade de conteúdo adulto legal. Em resposta a essas acusações, a Mastercard emitiu uma declaração negando qualquer envolvimento direto no processo de censura.
A Declaração da Mastercard
A Mastercard esclareceu sua posição por meio de um comunicado oficial, afirmando que não avaliou ou exigiu restrições em atividades de criadores de jogos nas plataformas. Segundo a empresa, sua rede de pagamentos segue padrões baseados no Estado de Direito, permitindo todas as compras legais, mas exigindo que os comerciantes implementem controles adequados para evitar o uso de cartões Mastercard em compras ilegais, incluindo conteúdo adulto ilegal.
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O Papel dos Processadores de Pagamento
A situação se torna mais complexa ao considerar que a itch.io destacou a Stripe como o processador de pagamento que se recusou a trabalhar com eles caso mantivessem conteúdo adulto. Apesar disso, tanto Visa quanto Mastercard são opções de pagamento através da Stripe, o que complica ainda mais a questão.
A Perspectiva da Valve
Enquanto isso, a Valve, desenvolvedora da plataforma Steam, apresentou uma narrativa diferente. Um porta-voz da empresa afirmou que a Mastercard não se comunicou diretamente com a Valve, mas sim através de processadores de pagamento e seus bancos adquirentes. A Valve declarou que, desde 2018, tenta distribuir jogos legais, mas os processadores de pagamento rejeitaram essa política, citando a Regra 5.12.7 da Mastercard e o risco à marca.
A Regra Controversa
A regra mencionada, exposta pelo PC Gamer, destaca que nenhuma transação que seja ilegal ou que possa prejudicar a imagem da Mastercard deve ser processada. Esta regra inclui a proibição de venda de conteúdo ofensivo que carece de valor artístico sério, como imagens de comportamento sexual não consensual e exploração infantil.
Implicações Futuras
O impasse entre as plataformas de jogos e os processadores de pagamento levanta questões sobre o futuro da distribuição de conteúdo adulto legal na internet. Enquanto a Mastercard defende sua postura de não interferência direta, a realidade apresentada pela Valve sugere que ainda há um longo caminho para clareza e consenso entre todos os envolvidos.
A controvérsia serve como um lembrete da complexidade das regulamentações de conteúdo online e do papel crucial que os processadores de pagamento desempenham na moderação e distribuição de conteúdo digital.
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Cinéfila e série-maníaca, com foco em narrativas femininas, diversidade e representatividade. Analisa estreias com profundidade e destaca o impacto da cultura geek nas produções audiovisuais.
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