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Ex-CEO da Bungie Questiona Sustentabilidade de Jogos como Serviço

Por Ana Luiza • Publicado em 05/08/20252 min de leitura

Ex-CEO da Bungie Questiona Sustentabilidade de Jogos como Serviço

A Ascensão e Questionamento dos Jogos como Serviço

Harold Ryan, ex-CEO da Bungie, é uma figura central na evolução dos jogos como serviço, graças a títulos icônicos como Halo e Destiny. No entanto, anos após sua saída da empresa, Ryan agora questiona a adequação desse modelo para todos os jogos, afirmando que os consumidores estão sinalizando que nem sempre essa abordagem é ideal.

"Eu acredito que esse modelo é apropriado para alguns jogos, mas não para todos", afirmou Ryan em entrevista ao GamesIndustry.biz. "E creio que os consumidores estão nos dizendo que não é apropriado para todos eles."

A Bolha dos Jogos como Serviço

O conceito de jogos como serviço tem enfrentado desafios significativos. Grandes títulos como Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça e Concord não conseguiram atender às expectativas de mercado, levando ao fechamento de vários outros títulos do gênero. Dados recentes indicam que um número relativamente pequeno de jogos como serviço monopoliza grande parte do tempo de jogo dos usuários, evidenciando uma saturação no mercado.

Novas Perspectivas para o Futuro

Ryan, que deixou a Bungie em 2016, hoje lidera a ProbablyMonsters, uma empresa focada no suporte a desenvolvedores em estágios iniciais. Recentemente, anunciaram dois novos jogos: Storm Lancers para Nintendo Switch e Ire: A Prologue para PC. A experiência de Ryan reforça a ideia de que um modelo de negócios sustentável deve priorizar a satisfação do jogador enquanto garante receitas suficientes para manter estúdios operacionais.

Reflexões sobre a Indústria

Com mudanças significativas ocorrendo na Bungie, incluindo demissões em massa e reorganizações em 2024, o futuro dos jogos como serviço continua incerto. Apesar das dificuldades enfrentadas por Concord, a Sony ainda aposta em seu próximo título, Marathon, acreditando que não sofrerá o mesmo destino. Ryan conclui que, para a indústria prosperar, é essencial encontrar um equilíbrio entre inovação e sustentabilidade financeira.

"Nem todo mundo pode ser o jogo mais bem-sucedido da indústria, mas acredito que todos podemos lançar jogos de sucesso", afirmou Ryan.

Ana Luiza
Ana Luiza

Apaixonada por animes e mangás desde a infância, cobre lançamentos, bastidores e curiosidades do Japão pop. É especialista em Crunchyroll, estreias sazonais e fandoms de cultura otaku.

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