Por Pablo Moura • Publicado em 21/06/2025 • 2 min de leitura
A Sony está prestes a revolucionar o mercado de animes com o desenvolvimento de uma tecnologia inovadora de colorização usando inteligência artificial. Em colaboração com os prestigiados estúdios A-1 Pictures, conhecidos por títulos como 'Solo Leveling' e 'Mashle: Magia e Músculos', e CloverWorks, responsáveis por sucessos como 'Wind Breaker' e 'Bocchi the Rock!', a gigante japonesa aposta em um futuro onde a eficiência e a criatividade caminham lado a lado.
O projeto, denominado AnimeCanvas, foi apresentado por Shunsuke Muramatsu, presidente da Sony Music Entertainment Japão. Em uma entrevista recente, Muramatsu destacou a importância de integrar a tecnologia à arte, afirmando que o uso de IA no processo de colorização dos animes está em fase de tentativa e erro, mas já apresenta resultados promissores. "Visito frequentemente os estúdios e vejo que muitos criadores ainda dependem de processos analógicos. Se pudermos oferecer ferramentas que aliviem o esforço físico e permitam que os artistas concentrem mais esforços na criatividade, estaremos cumprindo nosso papel", declarou.
Curiosamente, essa movimentação da Sony contrasta com a postura da Crunchyroll, outra subsidiária do grupo, que se posicionou contra o uso de IA em processos criativos, especialmente na dublagem. Em entrevista à Forbes, >Rahul Purini, presidente da Crunchyroll, assegurou que "não estamos planejando usar IA no processo criativo, e isso inclui os dubladores. Nós os consideramos como criadores, pois eles contribuem para a história com a voz".
A Sony não está sozinha nessa jornada. Outros estúdios de renome, como a Toei Animation, famosa por 'Dragon Ball Daima' e 'One Piece', e a OLM, responsável por 'Pokémon: Horizontes', também avançam na incorporação de inteligência artificial em suas produções. Essa tendência reflete um desejo crescente de otimizar processos e reduzir custos, sem comprometer a qualidade artística.
Com o avanço das tecnologias de IA, o futuro dos animes parece promissor. A possibilidade de automatizar partes do processo criativo pode liberar os artistas para se concentrarem em aspectos mais inovadores de suas obras, abrindo caminho para produções mais ousadas e diversificadas. No entanto, o equilíbrio entre tecnologia e arte continuará a ser um desafio, exigindo cuidado e responsabilidade na implementação dessas ferramentas.
A iniciativa da Sony, portanto, não apenas representa um avanço tecnológico, mas também um convite à reflexão sobre o papel da tecnologia na arte e como ela pode ser usada para enriquecer, e não substituir, o talento humano.
Redator Chefe do GeekNews, entusiasta de tecnologia, games e pintura de miniaturas. Escreve com olhar analítico sobre cultura pop, buscando sempre conectar tendências e inovações com o universo geek.
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